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Um Desperdício do Destino

  • Marcelo Candido Madeira
  • 28 de jun. de 2017
  • 1 min de leitura

Baião de Marcelo Candido Madeira

Pro fim do brilho é triste o caminho

Nunca bate o sino. O sal, o sol à pino

Pobre menino, de domingo à domingo

Colhido o milho, sem descanso, sem vacilo

Tem que vingar a tiro, o suspiro de um tio

E isso já é tido como certo e obedecido

Pobre menino sem sonho no sorriso

Uma farsa, um artifício. Um desperdício do destino

Lava o sangue enrustido, pelo espírito ferido

Foi assim desde o início, pela honra e pelo vício

De poeta a assassino, é um pulo, é um fio

É brinquedo de alumínio, é de pelúcia o felino

Sob o vento frio uma moça traz o circo

E uma trupe de amigos àquele sítio

E lhe dera um sábio livro com lindos motivos

E nas mãos do menino jorravam leitos e rios

O coração vadio já não tava mais sozinho

Tinha um mundo fictício, o seu próprio estribilho

 
 
 

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 O Autor 

 

 

Sagitariano, publicitário, escritor músico, alfabetizador, assistente social e Mestre Reiki . 

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