Prezadíssimo Fulano
- Marcelo Candido Madeira
- 15 de set. de 2017
- 1 min de leitura
É com muita honra e grande satisfação que aceito o seu caloroso convite para integrar tão conceituada e estimada Academia Blá blá blá, ABBB. Embora a ideia de ser imortal não me apraza, tendo em vista o tédio que a imortalidade impõe a quem vaga por um planeta já tão combalido.

Pois justamente a morte inexorável, o leito sereno da qual desemboca a vida, é que nos impele aos desafios diários da sobrevivência e que nos permite manter acesa a fagulha da vida. A imortalidade, portanto meu caro colega, conduziria o ser humano à estagnação e, ao pior de todos os males, o conservadorismo.
Na esperança de combater os resquícios da tirania, hoje ainda vigentes, contra a democratização da cultura, do conhecimento e do saber, ponho-me a inteira disposição para auxiliar a ABBB na árdua tarefa de não apenas difundir o prazer da leitura, mas também o prazer da reflexão, da análise, da crítica, no intuito de contribuir a formação de um cidadão pleno, responsável e consciente dos seus deveres, mas antes de tudo, dos seus direitos.
Por essas e por outras, meu prezadíssimo colega, agradeço infinitamente o seu convite e a oportunidade que me foi dada.
Sem mais, atenciosamente,
Marcelo Candido Madeira
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